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Aula 6- Teórica: Esportes

 

Texto: VELÁSQUEZ BUENDÍA, Roberto. El deporte moderno. Consideraciones acerca de su génesis y de la evolución de su significado y funciones sociales. Lecturas: Educación Física y Deportes. Buenos Aires. Año 7, n. 36, p. 1-4, maio, 2001.

 

O texto e as discussões em sala sobre o esporte se organizaram da seguinte forma: primeiro sobre o processo histórico dos esportes, ou seja, como os esportes foram se desenvolvendo e alterando os significados ao longo do tempo. Nos trouxe um novo conhecimento que, segundo o autor, o chamado esporte moderno, originado na Inglaterra, teve influência em transformar a sociedade daquela época. Ou seja, as pessoas que pouco ou nada praticavam nenhuma atividade física, aos poucos ficavam acima do peso ideal, pouco produziam e ainda ficavam, de certa forma, mais inquietas em todos os sentidos. Por isso, para controlar a população de uma maneira geral, as regras dos esportes foram desenvolvidas para que seus praticantes pudessem focalizar suas angustias e suas inquietações dentro dos esportes e suas regras e, além disso, padronizar o comportamento de uma forma geral para que isso pudesse se expandir os outros momentos dentro do cotidiano.

Houve a problematização dos esportes onde foi abordado, nas discussões, o processo de recursos para os esportes atuais, mídia, transformações gerais tanto no âmbito do esporte como nos locais e significados, acessos, criação de federações, associações e confederações, associação entre o processo do profissionalismo e o processo lúdico que é a estrutura do esporte. Em seguida veio a análise sobre os temas abordados onde se discutiu o poder centralizador e excludente dos esportes atuais. Além disso, a fabricação de “ídolos” nacionais midiáticos, os eventos esportivos e seus impactos e as formas de alienação como um todo.

 

Aula 7- Vivências: Esportes

Local Quadra CEPEUSP

 

 

Para esta aula, foi recomendada a leitura do seguinte texto:

 

NEIRA, M. G. “Os esportes na escola”; “Orientações Didáticas” e “Relato de

Experiência”. In: Práticas corporais: brincadeiras, danças, lutas, esportes e

ginásticas. São Paulo: Melhoramentos, 2014. p. 139-155.

 

A vivência se deu no CEPE – Centro de Práticas Esportivas da USP, o qual

acessamos por meio da Escola de Aplicação.

Na quadra, o professor Marcos apresentou uma bola e levantou o

questionamento: “de que esporte é esta bola?”. Embora muitos tenham dito futebol, tratava-se de uma bola de handball, como identificado por alguns. O handball não foi uma atividade que apareceu no mapeamento feito pela turma no começo do semestre, contudo, o esporte foi escolhido para facilitar a participação de todos e foi bem aceito. O professor levantou uma conversa a respeito d as regras do jogo, que foram sendo mencionadas por diferentes alunos até que, enfim, todos tivessem uma noção geral de como jogar.

A primeira idéia foi dividir a sala em dois grupos, que começaram o jogo. Não

muito tempo depois disso, o professor teve de interromper e questionar por que não estava dando certo. “Têm muita gente” e “s grupos não se reconhecem” foram falas que apareceram. O texto de referência recomendado para a aula menciona que “as crianças devem ser estimuladas a propor modificações nas formas e nos conteúdos da modalidade vivenciada sempre que alguma dificuldade se fizer presente.” (p.145). O professor, então, pediu sugestões. Dividir em três times separados pela cor da camiseta foi a sugestão inicial. Pouco tempo depois, percebeu-se que o excesso de alunos ainda atrapalhava, considerando que alguns alunos atrasados ainda chegavam e somavam-se aos grupos. A idéia veio, então, de outro aluno: separar em quatro times, que, de fato, deu mais certo.

Os times se revezavam para jogar, permitindo que os alunos participassem de

duas maneiras diferentes: na posição de leitores da gestualidade (espectadores do jogo) e enquanto executores da gestualidade (jogadores), como recomendado no texto na página 145.

Ao longo do jogo surgiram outras regras que haviam sido esquecidas e foram

abordadas enquanto “apareciam” no jogo, bem como propostas foram feitas para melhorar a dinâmica, tal como a adoção da estratégia de “meia quadra” para permitir melhor ataque e defesa.

 

Depois da vivência do handball, em grupo levantou-se a possibilidade de

jogar queimada (com outra bola, mais apropriada). Sugestões da variação da

queimada foram feitas e iniciamos com o Dodgeball, explicado por uma aluna. As dificuldades do jogo foram compartilhadas: “a quadra é muito grande”, “fica todo mundo no fundo”, “não temos força para jogar tão longe”, de modo que decidiu-se, coletivamente, limitar o uso da quadra até a linha pontilhada.

Ao longo da partida, outras alterações foram realizadas: para que todos

pudessem jogar e para dificultar o jogo, decidiu-se usar o “morto”, tendo duas áreas para queimar e ser queimado.

A turma percebeu que, desta forma, ficava muito difícil e, assim, optou-se por

outra alteração: manter o formato, mas com apenas uma bola. O jogo progrediu bem, até certo momento em que se estabeleceu. Ninguém mais conseguia queimar e a atividade começava a ficar monótona. A fim de manter o interesse na atividade, outra proposta foi feita pelo professor: jogar queimada utilizando as laterais como “morto”, ou seja, tendo quatro pontos de onde se pudesse queimar os jogadores.

Esta ultima estratégia adicionou “emoção” e envolvimento ao jogo que durou até as luzes do CEPE se apagarem.

A vivência foi rica, pois tivemos a oportunidade de ver, na prática, como os

conhecimentos e sugestões dos alunos podem ser utilizados nas práticas esportivas e como podem acontecer as alterações necessárias e re-significações dos jogos.

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