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Aula 3: Brincadeira e cultura

 

            Para esta aula, foi utilizado como referencia teórica o texto base a seguir:

 

CARVALHO, A. M. A.; PONTES, F. A. R. Brincadeira é cultura. In: CARVALHO, A. M. A. et al. (orgs.) Brincadeira e cultura: viajando pelo Brasil que brinca. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003. p. 15-30.

 

            Também assistimos em sala o curta abaixo:

 

 

 

 

           

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Muitos professores pensam a brincadeira como meio para ensinar conteúdos, devido às ideias de Piaget. Todavia, na perspectiva cultural, a brincadeira não existe para alguma coisa, ela tem um fim em si mesma.

As brincadeiras não significam a mesma coisa pra todos os grupos. Grupos distintos podem ter brincadeiras diferentes com o mesmo significado ou diferentes significados para uma mesma brincadeira. Isto se dá porque as brincadeiras têm determinado surgem, passam a ser praticadas e, quando transferidas para outro grupo social, são resignificadas.

Mas, afinal, o que é brincadeira? Tudo que é lúdico e não é esporte, ginástica, luta ou dança é brincadeira.

 

Características das brincadeiras:

1) Repetição e revezamento de papeis ð Se um dia você é pegador, no outro pode ser fugitivo; se um dia é mamãe, no outro pode ser filhinho.

2) Universalidade de traços.

3) Podem ser perenes (constantes) ou sazonais.

4) A brincadeira é de todos ð Adulto também brinca.

5) Liberdade e espontaneidade ð Brincar é uma escolha e uma opção.

6) Aprendizagem horizontal ð As crianças trocam regras e significados entre elas.

 

Aulas 4 e 5 - Vivências

Local Salão Nobre da EAFEUSP

Durante as vivências dos dias 27 de março e 10 de abril, baseamos nossas brincadeiras nos mapas conceituais que havíamos construído em sala de aula, no nosso caso sobre brincadeiras e atividades que podiam ser observadas no bairro em que moramos. Assim que começamos a observar nosso mapa, percebemos que haviam poucas brincadeiras relatadas, a grande parte do que relatamos foram academias de dança, de natação, studios de yoga, clubes com campo de futebol, quadras de tênis entre outras. Porém reparamos que não citamos muitas brincadeiras, e todos os integrantes do grupo não viam crianças brincando na rua de seus bairros. A nossa discussão acabou partindo desse ponto: de como o brincar se modificou, juntamente com as concepções sobre a infância, e que exatamente por essa mudança, a escola tornou-se mais ainda um importante espaço onde as crianças podem brincar livremente. Aplicarmos a atividade escolhida pelo grupo, no caso a brincadeira "policia e ladrão", para a turma foi muito interessante, pois nos ajudou a pensar em quais estratégias e como apresentar essas atividades aos nossos próprios alunos. Outra coisa que achamos muito interessante foi buscar a origem da brincadeira, saber em quais lugares ela é "brincada" e quais as variações que achamos dela pelo mundo.

 

Considerações

 

De cordas

O que foi demonstrado pelo grupo foi importante pelo fato de começar por atividades menos difíceis para as mais complexas. Como o professor disse existem várias maneiras de usar a corda com outras atividades. Acrescento aqui algumas experiências para o uso da corda.

Usar em uma altura menos em linha reta para que as crianças saltem em linha reta de um lado para o outro.

Ao invés de girar a corda, no início, apenas subir e descer.

Pode até ter fila mas é preciso que seja mais dinâmico como, por exemplo, formas mais filas com menor número de pessoas

 

Mãe da rua

O grupo, na apresentação, não sei se por conta do tempo, acelerou um pouco a explicação e a separação ficou um pouco confusa no início. Mas a atividade que foi desenvolvida foi bastante produtiva e aos poucos a organização foi acontecendo. O grupo poderia ter se divido para auxiliar na organização geral dinamizando assim as atividades.

Algumas dicas: num primeiro momento a tentativas de saltos e posicionamento dos integrantes; troca geral (quem salta e que fica como "cela";

 

Corrida de jan quem po

Atividade bem dinâmica e muito interessante. O grupo poderia se dividir no espaço para organizar melhor os participantes e orientar de uma forma única; poderia ter a fala no momento da apresentação da "tesoura, pedra, papel"; poderia ter uma folha colorida no fim do trajeto para que quem chegasse ao final pegasse uma folha e levasse para sua equipe e com isso quem tivesse mais folhas vencia.

 

Vivo ou morto

Esta atividade poderia ser em movimento e não estática. Em movimento a dificuldade é maior e estimulante. Outra possibilidade é de inserir direções (direita ou esquerda); também pode-se inserir a questão de apito (dois apitos vivo, um apito morto);

 

Corre cotia

Para essa atividade seria interessante aumentar o número de objetos para quem o fosse lançar, por exemplo; uma pessoa em pé com dois objetos, começa a música e essa pessoa deixaria um objeto atrás de duas pessoas que estão no chão. Essas duas deveriam sair em velocidade para pegar a outra que deixou o objeto. Se um dos dois pegasse, continuava com aquele, se não, se quem jogou sentasse em algum lugar primeiro os dois tiravam "impar ou par" para ver quem ficava com os dois objetos.

 

Escravos de jó

A atividade poderia ter mais uma dinâmica. Fazer de olhos fechados no momento de organizar melhor para o que a brincadeira realmente é. Os alunos fechavam o olho e ao comando da professora ou professor elas iam mudando os objetos e em algum momento da brincadeira, a professora poderia pedir que abrissem os olhos para ver os objetos (objetos identificados com os nomes de seus "donos"). E depois disso fazer com a música com os olhos fechados.

 

Polícia e ladrão

Na atividade poderia ter as "celas" no centro. As equipes teriam uma "chave" para abrir a cela e salvar seus amigos. Essa "chave" poderia ser qualquer objeto para abrir a cela. Assim as equipes produziriam estratégias para uma ou mais pessoas "abrirem" as celas e não serem pegas, e se fossem perderiam a chave.

 

Dentro das atividades percebemos que o que as professoras e os professores que organizaram as atividades inseriram a forma como eles aprenderam as atividades e alguns grupos não se preocuparam em dividir a passo a passo para que a criança entendesse a atividade de uma maneira fragmentada.

Essa fragmentação pode ser variada mas deve ser direcionada para os movimentos das atividades da brincadeira.

Além disso as professoras e professores devem estar atentos as capacidades e habilidades de cada aluno. Se houver alguma pessoa com muita limitação as adaptações devem ocorrem de maneira contínua para que todos possam brincar.

E essas "imagens" da sala serão postas no momento do mapeamento. Este momento é importante por identificar determinadas ações que vão orientar e organizar o trabalho contando com a produção individual e coletiva o grupo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O fim do recreio (Parabolé Educação)

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